O que ninguém te conta sobre a dieta plant-based

  • By Ricardo Yudi
  • jan 29th, 2020
  • Blog

Um estudo publicado recentemente pela Nature detalhou através de uma revisão sistemática os efeitos das dietas plant-based sobre o corpo e o cérebro. A pesquisa se apoia em 2 fatos principais para justificar a coleta de dados:

1. A frequência de publicações no PubMed que incluíam o termo ‘vegan’ , ‘vegetarianism’ e plant-based.

Fonte: Medawar et al (2019)

2. A análise do sistema Google Trends Search para os termos “vegan”, “vegetarian” e “meat” na Alemanha, EUA e Inglaterra.

Fonte: Medawar et al (2019)

Foram recolhidos mais de 200 estudos relevantes e, após a aplicação do filtro, 27 artigos foram analisados com maior profundidade.

De acordo com os pesquisadores, existem fortes evidências de que existem benefícios a curto e médio prazo para a saúde das pessoas que optam pelas dietas plant-based x convencionais (onívoras). Entre os benefícios encontrados destacam-se

  1. Perda de peso;
  2. Desempenho do metabolismo;
  3. Menor índice de inflamações sistêmicas.

A análise se apóia nos experimentos analisados e, em especial, sobre a regulação do microbioma intestinal que a dieta plant-based favorece. Em outras palavras, a dieta baseada em plantas favorecem a diversidade das espécies de bactérias do trato intestinal e sinalizam uma importante vantagem sobre as dietas convencionais.

Não é claro, porém, quais são os efeitos que estas dietas vegetarianas ou veganas possuem na saúde cerebral e cognitiva. Os autores alertam para uma possível urgência na realização de estudos que comprovem ou esclareçam os impactos destas dietas nos mecanismos citados anteriormente.

O que isso importa para nós clientes, empreendedores, chefes de cozinha, nutricionistas, tecnólogos de alimentos, engenheiros de alimentos e demais interessados?

Dietas a base de plantas não são mais meras especulações de mercado. Não existem indícios de que a popularidade desta opção alimentar possa sofrer uma queda nos próximos anos, pelo contrário, a tendência é que este estilo de vida seja cada vez mais popular nas mais diversas regiões do mundo.

O segundo ponto importante é esclarecer que existem diferenças absurdas entre uma dieta a base de plantas e de produtos industrializados com base em plantas. É urgente informar e educar os nossos pares sobre a diferença fundamental que existe neste meio: produtos industrializados podem ser processados ou ultraprocessados e, em alguns casos, não quer dizer que seja sinônimo de saúde.

Um alimento processado, ou minimamente processado, são aqueles que apresentam qualidades sensoriais e nutricionais próximas ao produto fresco, ou seja, mantém uma boa parcela dos seus melhores atributos.

Já os alimentos ultraprocessados são aqueles que em sua confecção sofrem com a inclusão de diversos aditivos alimentares como o sal, açúcar, gorduras (you name it, das melhores às piores), proteínas de soja, do leite, extratos de carne e outras substâncias sintéticas.

Por que digo isso?
Porque a maior parte midiática em torno das dietas a base de plantas enfatiza produtos ultraprocessados como por exemplo, os hambúrgueres que imitam o sabor e a aparência da carne.

O fator mais importante para determinar se o produto em questão é saudável é checar as informações do rótulo, a composição de ingredientes e a maneira como foi produzido. Os ingredientes listados devem aparecer por ordem decrescente, ou seja, o ingrediente que possui a maior quantidade no produto deve aparecer inicialmente e o último é o que apresenta a menor quantidade.

A ANVISA lista, ainda, outras regras para a confecção dos rótulos:

  1. Listagem de ingredientes: todos os ingredientes que compõe o produto (há açúcar, lactose, glúten?)
  2. Origem: onde foi fabricado, qual é a origem? (sabe aquele suco de caixinha que deu o maior problema alguns anos atrás? Pois bem..)
  3. Prazo de validade
  4. Lote: importantíssimo para o controle da qualidade e da segurança. (os últimos casos da cerveja que testou positivo para dietilenoglicol são alarmantes)
  5. Tabela nutricional: saber o que você ingere e como o seu corpo se beneficia é um direito do cidadão. É por essa razão que alimentos ultraprocessados não traduzem, necessariamente, saúde.

E a última coisa que não te contam sobre as dietas a base de plantas:

É BARATA.

Embora exista a necessidade de adaptação ao mercado, às tendências alimentares e a qualidade dos alimentos, não são todas as empresas que estão realmente preocupadas com o seu bem-estar.

Os produtos que não contém carnes são em sua esmagadora maioria mais baratos e servem, ao mesmo tempo, como bandeira mercadológica para quem oferta o novo produto. Então se ligue, a oferta do produto está relacionada com uma preocupação legítima em preservar o meio ambiente, as qualidades nutricionais e a longevidade dos consumidores ou apenas embarca em uma onda oportunista de mercado?

Saiba diferenciar as propostas, suas virtudes e problemáticas para que a sua alimentação tenha uma transição saudável (caso esteja nesta etapa) ou para que o complemento de sua dieta seja, de fato, positiva para o seu estilo de vida.

Refs:
Medawar, E., Huhn, S., Villringer, A. et al. The effects of plant-based diets on the body and the brain: a systematic review. Transl Psychiatry 9, 226 (2019). https://doi.org/10.1038/s41398-019-0552-0


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